Neste primeiro dia do mês de dezembro, é celebrado o dia internacional da luta contra AIDS. Nossa entidade apoia e incentiva o cuidado, amor e zelo, para com o próximo. Entenda como se deu esse dia:
Em 1987, durante a 3ª Conferência Internacional de Aids, realizada em Washington (EUA), 200 mil pessoas, ativistas e pessoas vivendo com o vírus, participaram do lado de fora do evento. Queriam ser ouvidas pela comunidade científica e pelo mundo, pois naquele momento, em que não havia tratamento, o silêncio era uma forma de morte.
No ano seguinte foi proposta a criação do Dia Mundial de Luta Contra Aids e, em 27 de outubro, a Assembleia Geral da ONU e a Organização Mundial de Saúde instituíram o 1º de dezembro como data comemorativa, cinco anos após a descoberta do vírus causador da doença (HIV – vírus da imunodeficiência humana). Naquela época, 65,7 mil pessoas já tinham sido diagnosticadas com o vírus e 38 mil já tinham falecido.
A iniciativa se consolidou e até hoje o 1º de Dezembro é marcado como o dia de uma campanha global que combate o preconceito, a desinformação e o estigma que ainda perduram em torno da doença.
Esta data constitui uma oportunidade para apoiar as pessoas envolvidas na luta contra o HIV e melhorar a compreensão do vírus como um problema de saúde pública global.
Para 2021, o tema adotado pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) é: Acabar com as desigualdades. Acabar com a Aids. Acabar com as pandemias pois, mesmo após quarenta anos, desde que os primeiros casos foram relatados, o HIV ainda ameaça o mundo, como mostram alguns dados da Organização Mundial da Saúde:
• 37.700.000 é o número estimado de pessoas vivendo com HIV em 2020;
• 680.000 pessoas morreram de causas relacionadas ao HIV em 2020;
• 1.500.000 pessoas foram infectadas em 2020.
O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) destaca a necessidade urgente de acabar com as desigualdades que impulsionam a Aids e outras pandemias ao redor do mundo.
Sem uma ação ousada o mundo corre o risco de não atingir as metas para acabar com a Aids até 2030, bem como de uma pandemia prolongada de COVID-19 e de uma crise social e econômica contínua.
Acabar com as desigualdades exige uma mudança transformadora. Políticas econômicas e sociais precisam proteger os direitos de todas as pessoas e prestar atenção às necessidades das comunidades desfavorecidas e marginalizadas.
Os governos devem, agora, passar do compromisso à ação. Promover o crescimento social e econômico inclusivo, eliminar leis, políticas e práticas discriminatórias a fim de garantir a igualdade de oportunidades e reduzir as desigualdades.
A Aids é uma doença infecciosa, transmitida pelo vírus HIV. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, do Ministério da Saúde e do UNAIDS, a cada 15 minutos uma pessoa se infecta com o vírus no Brasil e sete pessoas morrem por dia em São Paulo.
Na primeira fase, chamada de infecção aguda, ocorre a incubação do HIV – tempo que decorre entre a exposição ao vírus até o surgimento dos sinais da doença. Os primeiros sintomas são muito parecidos com os de uma gripe, como febre e mal-estar. Por isso, a maioria dos casos passa despercebida.
A próxima fase é marcada pela forte interação entre as células de defesa e as constantes e rápidas mutações do vírus. Esse período, que pode durar muitos anos, é chamado de assintomático.
Com o frequente ataque, as células de defesa começam a funcionar com menos eficiência até serem destruídas. O organismo fica cada vez mais fraco e vulnerável a infecções comuns.
Os sintomas que comumente aparecem nessa fase são: febre, diarreia, suores noturnos e emagrecimento.
A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, que recebem esse nome por se aproveitarem da fraqueza do organismo. Com isso, atinge-se o estágio mais avançado da doença, a Aids.
Quem chega a essa fase, por não saber da sua infecção ou por não seguir o tratamento indicado pela equipe de saúde, pode sofrer de hepatites virais, tuberculose, pneumonia, toxoplasmose e alguns tipos de câncer.
Pessoas soropositivas, que têm ou não Aids, podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação.
Os medicamentos antirretrovirais (ARV) surgiram na década de 1980 e atuam para impedir a multiplicação do HIV no organismo. Esses medicamentos ajudam a evitar o enfraquecimento do sistema imunológico e seu uso regular é fundamental para aumentar o tempo e a qualidade de vida das pessoas que vivem com HIV, reduzindo o número de internações e infecções por doenças oportunistas.
No Brasil, desde 1996, o SUS distribui gratuitamente os medicamentos para HIV/Aids a todas as pessoas que necessitam de tratamento.
Fonte: Biblioteca Virtual em Saúde/ Ministério da Saúde